segunda-feira, 22 de junho de 2009
Notícias-Estabilizar o câncer pode ser mais importante que curá-lo
por Brendan Borrell
Já pensou na possibilidade de, em vez de se tentar curar o câncer, apenas impedir o crescimento dos tumores? Foi exatamente isso que propôs Robert Gatenby, do Moffitt Cancer Center (MCC), num artigo na revista Nature, na ultima semana de maio.
Gatenby está convencido de que altas doses de quimioterapia prejudicam o sistema imunológico do paciente e estimulam o crescimento de novos tipos de câncer resistentes à quimioterapia, sem esperança de cura. Em vez de curar o câncer ele sugere que os médicos tentem estabilizar o tumor num tamanho tolerável.
Isso significa, na prática, a identificação, de um tamanho-alvo para o tumor, que permita ao paciente a melhor qualidade de vida possível. Após essa identificação, seu crescimento seria monitorado por aparelhos de diagnóstico por imagem, como o escaneador de ressonância magnética. Os médicos, então, regulariam as doses de drogas anticâncer para manter os tumores no tamanho prescrito.
Segundo Gatenby, fundador do programa de Oncologia Matemática do MCC, o paradigma frequentemente utilizado até agora para combater o câncer reproduz o processo de tratamento de infecções bacterianas, sempre procurando o “antibiótico” para matar a célula cancerígena. “A estratégia mais comum é a terapia com densidade com doses de alta densidade. Aplicar a maior dose possível no menor intervalo possível resume o tipo de terapia clássico, que faz com que todos adoeçam, ele observa”.
fonte:UOL-15/06/2009
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