quinta-feira, 16 de julho de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Nobel Química 2000-Hideki Shirakawa (1936 - )


Químico japonês nascido em Tóquio, Japão, pesquisador em condutividade nos polímeros e ganhador do Nobel de Química (2000), prêmio dividido igualmente com os cientistas norte-americanos Alan MacDiarmid, da Universidade da Pensilvânia e Alan Heeger da Universidade da Califórnia, pela descoberta conjunta dos polímeros condutores de eletricidade.. Doutorou-se em química pelo Instituto de Tecnologia de Tóquio (1966), e imediatamente passou a lecionar química no Instituto de Ciência dos Materiais da Universidade de Tsukuba, no Japão, chegando a professor associado (1979). Suas pesquisas no campo dos polímeros, especialmente do acetileno, o levaram ao descobrimento das propiedades condutoras deste material ao ser misturado con outras substâncias. Esta descoberta chegou ao conhecimento do químico neozelandês Alan MacDiarmid e do físico estadunidense Alan Heeger, que iniciaram com o japonês uma frutífera interação científica que resultou na publicação conjunta d artigo Síntese de polímeros orgânicos condutores de eletricidade: derivados halógenos do poliacetileno (CH)n, no prestigiado Journal of Chemical Society (1977), ponto de partida para o trio faturar o último Nobel de química do século XX. Aposentado como Professor do Institute Ciências dos Materiais Science da University of Tsukuba (1982), continuou no mesmo instituto com a cátedra de profesor emérito. Trata-se da segunda vez que um japonês recebe o prêmio Nobel de Química. O primeiro (1981) foi recebido por Kenichi Fukui, que o compartilhou com o estadunidense Roald Hoffmann.

Nobel Química 2000-Alan Graham MacDiarmid (1927 - 2007)


Químico neozelandês nascido em Masterton, Nova Zelândia e naturalizado estadunidense, co-descobridor do campo de condutividade elétrica nos polímeros, mais conhecidos como metais sintéticos, de um sem-número de possibilidades de uso na indústria. Formou-se na University of New Zealand e doutorou-se pelas Universidades de Wisconsin (1953). Casou-se com Marian Mathieu (1954) com quem teria quatro filhos, Heather McConnell, Dawn Hazelett, Duncan MacDiarmid e Gail Williams, e de quem enviuvaria (1990). Defendeu um novo doutorado em Cambridge (1955) e logo foi contratado para lecionar química na Universidade da Pensilvânia (1956). Durante 20 anos dedicou-se exclusivamente a estudos sobre a condutividade em polímeros, particularmente a síntese, química, dopagem, eletroquímica, condutividade, magnetismo e propriedades ópticas, especialmente com poliacetileno e polianilina. Químico responsável pela dopagem eletroquímica do poliacetileno, (CH)x, o protótipo dos polímeros condutores (1977), e a redescoberta da polianilina, o mais importante polímero condutor industrial da atualidade, e posteriormente começou a pesquisar (SN)x (1973) e em polímeros condutores orgânicos (1975). O trabalho em colaboração com o Dr. Hideki Shirakawa, do Tokyo Institute of Technology e Alan Heeger, então do Department of Physics at the University of Pennsylvania, foi fundamental para a rápida evolução das descobertas em condutividade metálica em polímeros orgânicos. Autor e co-autor de aproximadamente 600 papers e proprietário de 20 patentes, recebeu numerosos prêmios e honrarias nacionais e internacionais como o American Chemical Society Award in Materials Chemistry (1999). Foi ganhador do Nobel de Química (2000), juntamente com o compatriota Alan Heeger da Universidade da Califórnia e o japonês Hideki Shirakawa, da Universidade de Tsukuba (Japão), pela descoberta conjunta dos polímeros condutores de eletricidade. Casou-se novamente (2005), então com Gayl Gentile. Sofrendo de um tipo raro de leucemia, um dos cientistas mais importantes do mundo em seu tempo, decidiu passar as últimas semanas de vida na sua terra natal, ao lado dos amigos e familiares, mas morreu antes de voltar para a Nova Zelândia, aos 79 anos de idade, em sua casa de Drexel Hill, Philadelphia, Pennsylvania, e foi enterrado no Arlington Cemetery Co, em Drexel Hill, Pennsylvania, deixando uma viúva e mais nove netos. De grande admiração pelo Brasil, este cientista teve uma relação muito intensa com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, envolvendo a Empresa com diversos parceiros de pesquisa, como as Universidades de São Paulo-USP e de São Carlos-UFCar. Participando ativamente da formação de quadros, pesquisas e desenvolvimento da Embrapa Instrumentação Agropecuária, São Carlos, interior do Estado de São Paulo, ali ajudou a criar o Instituto Alan MacDiarmid de Inovação e Negócios, destinado a desenvolver inovações e negócios na cadeia do agronegócio, utilizando a experiência da Unidade, baseada na cooperação internacional e nas parcerias com outras instituições de ensino, de pesquisa e com a iniciativa privada. Uma das tecnologias da Embrapa desenvolvidas com a sua colaboração foi a Língua Eletrônica, que leva em sua composição polímeros condutores de eletricidade. A Língua Eletrônica é equipamento com uma estrutura formada a base de sensores que diferenciam sem dificuldade os padrões básicos de paladar, doce, salgado, azedo e amargo, em concentrações muito abaixo do limite de detecção do ser humano, pois o mesmo é dez mil vezes mais sensível que o nosso paladar. Até próximo de sua morte, ele esteve envolvido em uma série de projetos de pesquisa da Embrapa relacionados à agroenergia e à energia renovável, programas brasileiros de que era grande entusiasta e participante ativo. Além do Nobel, foi agraciado com prêmios em diversos países, como Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e China. Publicou mais de 600 artigos científicos nas mais prestigiosas revistas, além de possuir mais de 25 patentes no campo dos polímeros orgânicos condutores. Entre suas mais conhecidas publicações citam-se:
1) Chiang, C.K., Druy, M.A., Gau, S.C., Heeger, A.J., Louis, E.J., MacDiarmid, A.G., Park, Y.W., Shirakawa, H., Synthesis of Highly Conducting Films of Derivatives of Polyacetylene, (CH)x , J. Am. Chem. Soc. 1978, 100, 1013;
2) MacDiarmid, A.G., Chiang, J.-C., Richter, A.F., Epstein, A.J. (1987), Polyaniline: A New Concept in Conducting Polymers, Synth. Met., 18, 285;
3) Kaner, R.B., MacDiarmid, A.G. (1988), Plastics That Conduct Electricity, Scientific American, February, 106;
4) MacDiarmid, A.G., Epstein, A.J. (1991), 'Synthetic Metals': A Novel Role for Organic Polymers, Macromol. Chem., 51,11;
5) MacDiarmid, A.G., Epstein, A.J. (1991), Science and Technology of Conducting Polymers, in Frontiers of Polymer Research, P.N. Prasad and J.K. Nigam, Eds., Plenum Press, New York, p. 259;
6) Wang, Z.H., Li, C.; Scherr, E.M., MacDiarmid, A.G., Epstein, A.J. (1991), Three Dimensionality of 'Metallic' States in Conducting Polymers: Polyaniline, Phys. Rev. Lett. 1991, 66, 1745;
7) MacDiarmid, A.J., Epstein, A.J. (1994), The Concept of Secondary Doping as Applied to Polyaniline, Synth. Met., 65, 103.

Nobel Química 2000-Alan J. Heeger (1936-)


Químico norte-americano nascido em Sioux City, Estados Unidos, especialista em condutividade nos polímeros. B.S. (1957) com High Distinction, University of Nebraska, doutorou-se pela Universidade da Califórnia em Berkeley (1961), e tornou-se professor da Universidade da Pensilvânia (1962), até que passou a lecionar física na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (1982), onde dirige o Instituto para Polímeros e Sólidos Orgânicos. Na UCSB (1982) já foi diretor do Institute for Polymers and Organic Solids (1982-1999) e passou a professor de materiais em engenharia (1987). Também foi nomeado professor adjunto de física da University of Utah (1988) e cientista-chefe da UNIAX Corporation (1999). Ganhador do Nobel de Química (2000), juntamente com o compatriota Alan MacDiarmid, da Universidade da Pensilvânia e o japonês Hideki Shirakawa, da Universidade de Tsukuba, Japão, pela descoberta conjunta de que o plástico, após algumas modificações, pode conduzir eletricidade. Os plásticos, conhecidos por serem isolantes elétricos, são polímeros, moléculas cuja estrutura se repete formando longas cadeias. Para se tornar um condutor, um polímero precisa 'imitar' um metal, ou seja, ter elétrons livres. Uma condição para isso é que ele possua ligações duplas conjugadas - aquelas em que ligações de carbono simples e duplas se alternam.

Nobel Química 1999-Ahmed Hassan Zewail (1946 -)


Físico egípcio nascido próximo a cidade de Damanhur, cerca de 60 km de Alexandria, ganhador solitário do Prêmio Nobel de Química (1999) por seus estudos sobre os estados de transição de reações químicas usando espectroscopia de femtosegundos. De formação básia no Maktab El Tansiq, foi admitido na Universidade de Alexandria para estudar ciências, onde se bacharelou com distinção em Química (1967). Contratado pela universidade tornou-se Mestre em Ciências em oito meses, desenvolvendo um trabalho em espectroscopia. Indicado para o Ph.D na University of Pennsylvania (1971), após obtido o grau (1973), foi para Berkeley, para ampliar suas pesquisas em espectroscopia e depois de analisar várias ofertas de trabalho como de Harvard, Chicago, Rice e Northwestern, optou por se estabelecer em Caltech (1976), no California Institute of Technology Pasadena. Anunciado vencedor do King Faisal International Prize (1988), foi receber o prêmio (1989) na Arábia Saudita e lá conheceu Dema, estudante de mestrado na Universidade de Damasco e cujo pai estava recebendo o prêmio em literatura, com quem se casaria e teria dois filhos americanos: Nabeel e Hani. Laureado em muitas oportunidades durante sua ativiade acadêmica, segue uma lista de várias delas.


Grandes Honrarias
King Faisal International Prize in Science (1989).
First Linus Pauling Chair, Caltech (1990).
Wolf Prize in Chemistry (1993).
Order of Merit, first class (Sciences & Arts), from President Mubarak (1995).
Robert A. Welch Award in Chemistry (1997).
Benjamin Franklin Medal, Franklin Institute, USA (1998).
Egypt Postage Stamps, with Portrait (1998); the Fourth Pyramid (1999).
Nobel Prize in Chemistry (1999).
Grand Collar of the Nile, Highest State Honor, conferred by President Mubarak (1999).

Atividades e Prêmios Especiais e Medalhas
Alfred P. Sloan Foundation Fellow (1978-1982).
Camille and Henry Dreyfus Teacher-Scholar Award (1979-1985).
Alexander von Humboldt Award for Senior United States Scientists (1983).
National Science Foundation Award for especially creative research (1984; 1988; 1993).
Buck-Whitney Medal, American Chemical Society (1985).
John Simon Guggenheim Memorial Foundation Fellow (1987).
Harrison Howe Award, American Chemical Society (1989).
Carl Zeiss International Award, Germany (1992).
Earle K. Plyler Prize, American Physical Society (1993).
Medal of the Royal Netherlands Academy of Arts and Sciences, Holland (1993).
Bonner Chemiepreis, Germany (1994).
Herbert P. Broida Prize, American Physical Society (1995).
Leonardo Da Vinci Award of Excellence, France (1995).
Collége de France Medal, France (1995).
Peter Debye Award, American Chemical Society (1996).
National Academy of Sciences Award, Chemical Sciences, USA (1996).
J.G. Kirkwood Medal, Yale University (1996).
Peking University Medal, PU President, Beijing, China (1996). Pittsburgh Spectroscopy Award (1997).
First E.B. Wilson Award, American Chemical Society (1997).
Linus Pauling Medal Award (1997).
Richard C. Tolman Medal Award (1998).
William H. Nichols Medal Award (1998).
Paul Karrer Gold Medal, University of Zürich, Switzerland (1998).
E.O. Lawrence Award, U.S. Government (1998).
Merski Award, University of Nebraska (1999).
Röntgen Prize, (100th Anniversary of the Discovery of X-rays), Germany (1999).

Admissão em Associações
American Physical Society, Fellow (1982).
National Academy of Sciences, USA (1989).
Third World Academy of Sciences, Italy (1989).
Sigma Xi Society, USA (1992).
American Academy of Arts and Sciences (1993).
Académie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres, France (1994).
American Philosophical Society (1998).
Pontifical Academy of Sciences (1999).
American Academy of Achievement (1999).
Royal Danish Academy of Sciences and Letters (2000).

Diplomas Honorários
Oxford University, UK (1991): M.A.,h.c.
American University, Cairo, Egypt (1993): D.Sc.,h.c.
Katholieke Universiteit, Leuven, Belgium (1997): D.Sc.,h.c.
University of Pennsylvania, USA (1997): D.Sc.,h.c.
Université de Lausanne, Switzerland (1997): D.Sc.,h.c.
Swinburne University, Australia (1999): D.U.,h.c.
Arab Academy for Science & Technology, Egypt (1999): H.D.A.Sc.
Alexandria University, Egypt (1999): H.D.Sc.
University of New Brunswick, Canada (2000): Doctoris in Scientia, D.Sc.,h.c.
Universita di Roma "La Sapienza", Italy (2000): D.Sc.,h.c.
Université de Liège, Belgium (2000): Doctor honoris causa, D.,h.c.

Nobel Química 1998-Sir John Anthony Pople (1925 - 2004)


Físico-matemático britânico nascido em Burnham-on-Sea, Somerset, cidade com cerca de5000 habitantes, na costa oeste inglesa, que dividiu um Nobel de Química (1998) com o austríaco Walter Kohn, pelo desenvolvimento conjunto do uso de computadores na previsão de resultados experimentais, estudos esses que levaram à melhoria do conhecimento da estrutura interna da matéria. Descendente de uma família sem nenhuma tradição científica, era filho de um comerciante de roupas masculinas, Keith Pople, e de Mary Jones, ruralista, viveu com os pais até após o fim do Segunda Guerra Mundial (1946), quando tornou-se o primeiro Pople a freqüentar uma universidade. Sua primeira escola foi o Bristol Grammar School (1936-1942), onde desenvolveu seu gosto por matemática, até passar para o Trinity College (1943), em Cambridge. Trabalhou na Bristol Aeroplane Company (1945-1947),mas resolveu voltar a Cambridge para se dedicar ao estudo da matemática. Estudou também ciências teóricas como mecânica quântica, dinâmica dos fluidos, cosmologia e mecânica estatística. Diplomado (1948) e Ph.D em matemática (1951) e casou-se com Joy Bowers (1952). Ensinou e pesquisou química e matemática em Cambridge (1948-1958), deixando essa universidade para chefiar o recém fundado Basics Physics Division do National Physical Laboratory, próximo de Londres. Organizou uma conferência internacional em Oxford (1961), junto com Charles Coulson e Christopher Longuet-Higgins e aceitou o convite de Bob Parr para um ano sabático no Carnegie Institute of Technology, em Pittsburgh, USA, onde permaneceu (1961-1962) desenvolvendo pesquisas químicas. Voltou à Inglaterra (1962), mas decidiu regressar a Pittsburgh (1964). Com a fusão do Carnegie Tech e Mellon Institute (1967) em Carnegie-Mellon University, continuou como professor titular na nova instituição (1967-1993), passando também a ensinar química na Northwestern University (1986), em Evanston. Vivendo como consultor e palestrante por vários países do mundo, além do Nobel (1998) merecem destaque os prêmios Wolf (1992) e o da Sociedade Americana de Química (1998) e morreu em Chicago, Illinois, U.S. De acordo com a citação da Academia Sueca, o trabalho desenvolvido ao longo da década de 60 por esse cientista e Kohn, tem sido crucial para o desenvolvimento da química quântica, que é hoje usada em praticamente todos os ramos da química moderna. Ambos desenvolveram métodos que podem ser usados para estudos teóricos das propriedades das moléculas e processos químicos em que elas estão envolvidas. Especialmente por seu desenvolvimento de métodos computacionais que permitem a simulação de reações químicas no computador, e que hoje são amplamente usados na realização de experiências e, por exemplo, no desenvolvimento de medicamentos.

Nobel Química 1998-Walter Kohn ( 1923 - )


Físico-matemático austríaco nascido em Viena e naturalizado americano, que dividiu um Nobel de Química (1998) com o inglês John A. Pople, pelo desenvolvimento conjunto do uso de computadores na previsão de resultados experimentais, estudos esses que levaram à melhoria do conhecimento da estrutura interna da matéria. Forçado pelo nazismo fugiu para a Inglaterra e depois para o Canadá, formando-se em matemática e física na Universidade de Toronto, doutorando-se em Harvard (1948). Nos EEUU lecionou no Instituto de Tecnologia Carnegie, Pittsburgh, e na Universidade da Califórnia, em San Diego. Fundou o Instituto de Física Teórica da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara,, onde ainda pesquisa e leciona. É membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e da Royal Society da Inglaterra. Entre várias honrarias já recebeu o Oliver E. Buckley, da Sociedade de Física (1960), o Davisson-Germer (1977) e a medalha Feenberg (1991). De acordo com a citação da Academia Sueca, o trabalho desenvolvido ao longo da década de 60 por esse cientista e Pople, tem sido crucial para o desenvolvimento da química quântica, que é hoje usada em praticamente todos os ramos da química moderna. Ambos desenvolveram métodos que podem ser usados para estudos teóricos das propriedades das moléculas e processos químicos em que elas estão envolvidas. Enquanto o austríaco simplificou imenso o estudo da química quântica ao descobrir que não é necessário considerar a movimento individual de cada elétron para analisar o todo, o britânico, por seu lado, desenvolveu métodos computacionais que permitem a simulação de reações químicas no computador, e que hoje são amplamente usados na realização de experiências e, por exemplo, no desenvolvimento de medicamentos.

Nobel Química 1997-Jens Christian Skou (1918 - )


Fisiologista dinamarquês nascido em Lemvig, pesquisador da Aarhus University Denmark, um dos ganhadores (50%) o Prêmio Nobel de Química (1997) pela descoberta pioneira de uma enzima íon-transportadora, Na+, K+-ATPase. Filho do comerciante Magnus Martinus Skou e de Ane-Margrethe Skou, fez o curso ginasial em Haslev (1937) e entrou na University of Copenhagen, onde ficou por sete anos estudando física, química, anatomia, bioquímica e fisiologia nos três primeiros, e mais quatro estudando patologia, clínica, farmacologia e saúde pública, graduando-se em medicina (1944) e passou a trabalhar em hospitais de Copenhagen. No hospital de Hjørring trabalhou como assistente de cirurgias (1944-1947) como também no Hospital de Ortopedia de Aarhus (1944-1947). Depois da guerra (1947-1954) foi instrutor do departamento de fisiologia do Instituto Médico de Fisiologia da Universidade de Aarhus, onde escreveu e desenvolveu um plano para uma tese de doutorado em anestesia, embrião dos estudos que lhe dariam o Nobel. Casou-se com uma enfermeira Ellen Margrethe Nielsen (1948) e tiveram uma filha (1950) que morreu um ano e meio depois, porém tiveram mais duas filhas: Hanne (1952) e Karen (1954), que felizmente sobreviveram. Obteve o doutado (1954) pela Universidade de Aarhus e muito tempo depois (1986) foi doutor honoris causa da Universidade de Copenhagen. Foi professor associado do departamento de fisiologia da Universidade de Aarhus (1954-1963), professor titular do mesmo departamento (1963-1978) e do de biofísica da mesma universidade (1978-1988). Retirou-se da atividade de ensino (1988), passando a se dedicar exclusivamente ao desenvolvimento de experimentos. Entre os muitos prêmios e honrarias citam-se, além do Nobel, o Consul Ernst Carlsen, a medalha de ouro Anders Retzius e a medalha Prakash Datta. É membro da Det Kongelige Danske Videnskabernes Selskab, da Deutsche Akademie der Naturforscher, Leopoldina, da The European Molecular Biology Organisation (EMBO), além de membro estrangeiro associado da National Academy of Sciences, USA, membro honorário da Japanese Biochemical Society e da American Physiological Society. Os outros 50% do Prêmio Nobel de Química (1997) foi dividido com o norte-americano Paul D. Boyer e o britânico John E. Walker pela descoberta do mecanismo enzimático que viabiliza a síntese de trifosfato de adenosina (ATP).

Nobel Química 1997-John Ernest Walker (1941 - )


Bioquímico britânico nascido em Halifax, Inglaterra, pesquisador do Medical Research Council, Laboratory of Molecular Biology Cambridge, Great Britain, que compartilhou 50% do Prêmio Nobel de Química (1997) com o norte-americano Paul Boyer. Os outros 50% do Nobel foram para o dinamarquês Jens Skou pela descoberta do mecanismo enzimático que viabilizou a síntese de trifosfato de adenosina (ATP). Filho de Thomas Ernest Walker e Elsie Lawton, foi educado na Rastrick Grammar School, especializando-se em física e matemática. Entrou para o St. Catherine's College, Oxford University (1960), onde obteve licenciatura em química (1964) e o Ph.D. (1969). Casado com Christina Westcott (1963), o casal teve duas filhas. Esther e Miriam. Trabalhou na The School of Pharmacy da University of Wisconsin (1969-1971) e na França, foi fellowships (1971-1974) da NATO e EMBO, primeiro na CNRS em Gif-sur-Yvette e depois no Institut Pasteur. Em seguida integrou-se (1974) ao staff do Laboratory of Molecular Biology of the Medical Research Council, juntamente com nomes como Max Perutz, chairman do laboratório, Fred Sanger, Ieuan Harris, Aaron Klug, Francis Crick, Sidney Brenner, Hugh Huxley, John Smith e César Milstein, o que transformou e deu estabilidade à sua carreira científica, possibilitando-o chegar até o Nobel. Foi eleito fellow da Royal Society, Londres (1995) e do Sidney Sussex College, Cambridg (1997), e Honorary Fellow do St. Catherine's College, Oxford (1997). Tornou-se diretor (1998) do MRC's Dunn Human Nutrition Unit in Cambridge. Ganhou a A. T. Clay Gold Medal (1959), o prêmio da Johnson Foundation (1994), o CIBA Medal, o prêmio da Biochemical Society e a Peter Mitchell Medal do EBC (1996), e o prêmio Gaetano Quagliariello da Universidade de Bari (1977), Itália.

Nobel Química 1997-Paul Delos Boyer (1918 - )


Bioquímico estadunidense nascido em Provo, Utah, pesquisador da University of California, Los Angeles, CA, USA, que compartilhou 50% do Prêmio Nobel de Química (1997) com o britânico John Walker, enquanto os outros 50% do Nobel foram para o dinamarquês Jens Skou pela descoberta do mecanismo enzimático que viabiliza a síntese de trifosfato de adenosina, o ATP. Filho do médico Dell Delos Boyer (1879-1961) e de Grace Guymon (1888-1933), foi educado na escola pública de Provo, na Parker Elementary School, na Farrer Junior High School e na Provo High School. Entrou para a Brigham Young University, onde se graduou (1939) e casou-se com Lyda Whicker, uma também concluinte e de apenas 20 anos de idade, e com quem teve as filhas Gail e Hali e o filho Douglas. Interessado em enzimologia e matabolismo, deixou Provo e partiu então para o Biochemistry Department da University of Wisconsin, em Madison, onde obteve o Ph.D (1943) em plena II Guerra Mundial. Passou então a trabalhar em um projeto bélico na Stanford University, onde ficou até o término da guerra. Esteve como Assistant Professorship na University of Minnesota (1946-1963), antes de ser nomeado professor de bioquímica e Lyda editora profissional, na University of California, em Los Angeles, a UCLA (1963), onde fundou e dirigiu o Molecular Biology Institute, o MBI (1965-1983), onde se concentrou na descoberta de mecanismos para a síntese do ATP. Entre muitas outras, uma das primeiras honrarias recebidas foi o prêmio Enzyme Chemistry da American Chemical Society (1955), associação em que foi Chairman of the Biochemistry Section (1959-1960).

Nobel Química 1996-Richard Errett Smalley (1943 - )


Químico e inventor estadunidense nascido em Akron, Ohio, pesquisador da Rice University Houston, USA, que compartilhou o Prêmio Nobel de Química (1996) com o norte-americano Robert Curl e o inglês Harold Kroto, pelo descobrimento da estrutura dos fulerenos, grandes moléculas de carbono de formas esféricas, de enorme importância para a indústria química e eletrônica. Filho do jornalista Frank Dudley Smalley e de Esther Virginia Rhoads, era o caçula de quatro irmãos. Com três anos de idade sua família mudou-se para Kansas City, Missouri. Teve educação básica na escola pública de Kansas City e na high school Southwest High, onde ampliou seu interesse por ciências e tecnologia. Estudante do Hope College, Holland, Michigan (1961-1963), licenciou-se em química (1965) pela University of Michigan, e doutorou-se (1973) pela University of Princeton, New Jersey. Depois de três anos como pesquisador associado da University of Chicago, integrou-se ao Department of Chemistry da University of Rice (1976), onde se tornou catedrático em química (1981) e física (1990). Durante este período juntou-se ao seu colega Robert Curl para estudarem as disposições dos átomos ou moléculas em clusters, pequenos agregados de certas substâncias. Projetou e construiu um equipamento laser capaz de vaporizar substâncias em un plasma de átomos e análise da estrutura dos clusters resultantes. Em uma reunião conjunta da sua equipe com o químico espectroscopista britânico (1985), Harold Kroto, interessado no seu invento, em Rice, conseguiram vaporizar amostras de grafite, que resultaram em pequenos e inesperados agregados, os fulerenos, uma novidade de estrutura esférica. Este novo arranjo de moléculas de carbono não foi assimilado imediatamente pelo meio científico e passaram-se cinco anos até que outra equipe desenvolvesse um método de sintetizar grandes quantidades de fulerenos, para que se fizesse justiça aos três cientistas, abrindo um novo campo de pesquisa em nível mundial e permitindo-lhes a honraria do Premio Nobel de Química (1996).

Nobel Química 1996-Sir Harold Walter Kroto (1939 - )


Químico e espectroscopista de microondas britânico nascido em Wisbech, uma pequena cidade em Cambridgeshire Inglaterra, pesquisador da University of Sussex, Brighton, Great Britain, que compartilhou o Prêmio Nobel de Química (1996) com os norte-americanos Richard Smalley e Robert Curl, pelo descobrimento da estrutura dos fulerenos, grandes moléculas de carbono de forma esférica, de enorme importância para a indústria química e eletrônica. Descendente de imigrantes poloneses, quando do início da guerra (1939) sua mãe esteve confinada em Wisbech, onde ele nasceu, enquanto seu pai estava internado na Isle of Man, por serem considerados perigosos para o estado. No ano seguinte foram transferidos para Bolton, onde seu pai passou a trabalhar na construção civil. Teve educação básica em Bolton, licenciou-se em química (1961) e doutorou-se (1964) pela University of Sheffield e, depois de três anos de pós-doutorado no Canadá e Estados Unidos, entrou para University of Sussex, onde se tornou catedrático (1985). Nesse período concentrou seus esforços em espectroscopia de microondas e na radioastronomia para capturar e analisar moléculas produzidas no espaço interestelar, especialmente na detecção de moléculas de grandes cadeias de carbono e nitrogênio. Interessado em criar essas cadeias em laboratório, seus objetivos foram alcançados quando foi aos EEUU (1985), mais precisamente à Universidade de Rice, Houston, Texas, e reuniu-se com um seu conhecido, Robert Curl, que junto com outro catedrático de Rice, Richard Smalley, desenvolviam uma pesquisa sobre um laser especialmente projetado por Smalley, para vaporizar substâncias e gerar pequenos agregados de átomos, os clusters. Ele, Smalley e Curl, juntamente com os estudantes graduados James Head e Sean O'Brien, criaram minúsculos clusters de carbono a partir de grafite e, ao examiná-los, em lugar das hipotéticas grandes cadeias de carbono, a equipe surpreendida deparou-se com os fulerenos. A descoberta do novo arranjo de moléculas de carbono, esférico, foi recebida com certa incredulidade no meio científico (1985). O cientista inglês voltou à Inglaterra com o firme propósito de descobrir um método de sintetizar grandes quantidades das novas moléculas. Com seus colaboradores desenvolveram um método, porém outra equipe de cientistas britânicos publicou seu próprio método, poucos dias antes da publicação da sua equipe (1990). A confirmação da descoberta de uma nova estrutura de arranjo dos átomos de carbono, os fulerenos, fez surgir um novo e muito ativo ramo da química. A confirmação dessa descoberta, além do Nobel, permitiu-lhe obter o cargo de pesquisador da Sociedade Real de Química (1991).

Nobel Química 1996-Robert Floyd Curl Jr. (1933 - )


Químico e espectroscopista norte-americano nascido em Alice, Texas, pesquisador da Rice University Houston, USA, que compartilhou o Prêmio Nobel de Química (1996) com o colega norte-americano Richard Smalley e o inglês Harold Kroto, pelo descobrimento da estrutura dos fulerenos, grandes moléculas de carbono de forma esférica, de enorme importância para a indústria química e eletrônica. Filho de um ministro metodista, na infância morou em várias cidades do sul do Texas como Alice, Brady, San Antonio, Kingsville, Del Rio, Brownsville, McAllen, Austin, até sua família estabelecer-se em San Antonio. Seu interesse por química veio desde os nove anos de idade quando ganhou como presente o seu primeiro kit de ciências. Durante o high school seu interesse foi incentivado por uma professora de química em particular, Mrs. Lorena Davis. Licenciado pela University of Rice, Houston, Texas (1954), doutorou-se em Berkeley, pela University of California, (1957), voltando à Rice (1958) para se integrar ao departamento de química da universidada local, onde se especializou em espectroscopia de infravermelhos e microondas, separando e analisando agregados de átomos, os chamados clusters, de uma grande variedade de substâncias, e no qual se tornaria catedrático (1967). Trabalhou intensamente com seu companheiro Richard Smalley, que havia construído um laser para criar e estudar clusters de uma vasta gama de tipos, ao mesmo tempo em que manteve um estreito contato com o químico britânico e espectroscopista de microondas, Harold Kroto, da University of Sussex. Finalmente o trio reuniu-se em setembro (1985), em Rice, durante onze dias, junto com os estudantes graduados de Rice James Heath e Sean O'Brien, e criaram pequenos agregados de átomos, os clusters de carbono, com o equipamento de Smalley, mas frustrantemente não encontraram as supostas e esperadas grandes cadeias, mas os inesperados fulerenos, moléculas de carbono de geometria esférica. A equipe publicou os resultados no final daquele ano (1985), mas os meios científicos se mostraram céticos quanto a existência desse novo tipo de molécula. A desconfiança perdurou por mais cinco anos, até que o grupo inglês dirigido pelo Prof. Harold Kroto conseguiu sintetizar grandes quantidades de moléculas de fulerenos, embora outra equipe de cientistas britânicos tenha publicado seu próprio método poucos dias antes da publicação da equipe de Kroto (1990). Assim estava provado que o carbono é um elemento que pode se combinar de diferentes formas, originando novas moléculas como grafite, diamante e, também, fulereno, uma variedade não cristalina de carbono cuja molécula compreende 60, 70, 76, 80, 84, 90, 94 ou mais átomos do elemento, distribuídos na superfície de um poliedro formado por um grande número de hexágonos e pentágonos, algo parecido com uma bola de futebol cheia. Sobre o fulereno ainda se pode dizer que, embora descoberto pela equipe angloamericana (1985), sua existência já havia sido prevista (1973) pelos químicos soviéticos Bojvar e Galpern, que lhe deram o nome de buckminsterfullereno, em homenagem ao prestigiado arquiteto norte-americano Richard Buckminster Fuller, pelo projeto e construção de una cúpula de forma análoga. Os fulerenos adicionados a certos íons metálicos tornam-se supercondutores e ferromagnéticos a baixíssimas temperaturas. Além disso sua estrutura molecular permite utilizá-los como lubrificantes secos e suas propriedades permitem aplicações tanto na química como na eletrônica.

Nobel Química 1995-Frank Sherwood Rowland (1927 - )


Cientista norte-americano nascido em Delaware, Ohio, pesquisador do Department of Chemistry da University of California, CA, USA, ganhador do Prêmio Nobel de Química (1995) por seus trabalhos em química atmosférica, particularmente relativo à formação e decomposição de ozônio, juntamente com Mário Molina e Paul Crutzen. Recebeu educação elementar e cursou a high school na excelente escola pública de sua cidade natal (1932-1943), onde se especializou em Latim, Inglês, História, Ciências e Matemática e estagiou na unidade meteorológica local. após a graduação entrou para o serviço militar (1943) e com o fim da guerra alistou-se no programa naval de operações de radares. B.A (1948) pela Ohio Wesleyan University, decidiu-se definitivamente pela vida acadêmica (seu pai era um Ph.D) e entrou para o Department of Chemistry at the University of Chicago (1948), onde passou a pesquisar em química nuclear e estudou com professores famosos como Enrico Fermi, Harold Urey, Edward Teller, Henry Taube, Willard Bill Libby, Maria Goeppert Mayer, entre outros, trabalhando numa tese sobre o comportamento químico do bromo radioativo artificial. Obteve o grau de M.S. (1951), casou-se com Joan Lundberg, também estudante da University of Chicago (1952) e neste mesmo ano terminou seu Ph.D. Com a esposa foi para a Princeton University como Instructor no Chemistry Department do Brookhaven National Laboratory. Sua filha Ingrid nasceu em Princeton (1953) e seu filho Jeffrey em Huntington, Long Island (1955). No ano seguinte foi contratado como Assistant Professorship, University of Kansas, e depois (1964), como professor de química e o primeiro Chairman do Chemistry Department, cargo que ocupou até o final da década (1970). a partir de então teve seu interesse despertado para a química da atmosfera, especialmente em fotoquímica, até se encontrar (1973) com o grupo do professor Mário Molina, Ph. D. da University of California Berkeley, e seus estudos sobre os efeitos danosos à atmosfera terrestre causados pelos compostos cloro-flúor-carbono, os gases CFC. Convencido da intensidade do novo problema, dedicou-se junto com Molima e todos os outros envolvidos nessa pesquisa, inclusive seus dois filhos, que também se dedicaram à atividades acadêmicas, a difícil missão de mostrar para o resto do mundo a dimensão desastrosa da destruição da camada de ozônio atmosférico, pois além da resistência de portentosos grupos econômicos, o convencimento resultava também em mudanças legislativas. Com os anos de pesquisa sobre o comportamento da camada de ozônio, o grupo passou a se preocupar também com os efeitos na atmosfera causados pela passagem dos aviões a jato (1988).

Nobel Química 1995-Mario José Molina (1943 - )


Cientista mexicano nascido na Cidade do México, pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Cambridge, MA, US, ganhador do Prêmio Nobel de Química (1995) por seus trabalhos em química atmosférica, particularmente relativo à formação e decomposição de ozônio, juntamente com Paul Crutzen e F. Sherwood Rowland. Filho de um advogado e diplomata mexicano, Roberto Molina Pasquel, e Leonor Henriquez de Molina, cujo pai ensinou na universidade nacional de México (UNAM) e depois serviu como o embaixador mexicano na Etiópia, a Austrália e às Filipinas. Cursou a escola elementar atendida e o colegial na Cidade do México, onde se tornou fascinado pela ciência, especialmente, a química. Mantendo uma tradição da família de mandar seus filhos estudarem no exterior, passou dois anos na Suíça. De volta ao México (1960), registrou-se no programa da engenharia química da UNAM e voltou a Europa para melhorar seus conhecimentos em matemática, física, e outras áreas da físico-química. Após dois anos na Universidade de Freiburg, pesquisando cinética das polimerizações, decidiu procurar a admissão em um programa de pós-graduação nos Estados Unidos Subseqüentemente, retornou ao México como professor assistente na UNAM. Finalmente (1968) saiu para a University of California em Berkeley para prosseguir meus estudos em físico-química. Em Berkeley juntou-se ao grupo de pesquisa do professor George Pimentel, com o objetivo de estudar a dinâmica molecular usando os lasers químicos. Nesse tempo conheceu Luisa Tan, uma estudante e companheira no grupo de Pimentel e que mais tarde se tornaria sua esposa (1973). Após ter terminado o PhD. (1972), permaneceu mais um ano em Berkeley para continuar a pesquisa sobre a dinâmica química. Juntou-se (1973) ao grupo do professor F. Sherwood Rowland como um companheiro de pós-doutorado, mudou-se para Irvine, Califórnia, casou-se com Luisa, e passou a se dedicar a pesquisa sobre os efeitos ambientais de determinados produtos químicos industriais muito inertes - os clorofluorcarbonos, os CFCs - sobre os quais até então não se tinham informações a respeito de seus efeitos maléficos quando acumulados na atmosfera. Três meses depois de sua chegada a Irvine, ambos desenvolveram a teoria da depleção CFC-ozônio, a qual estabelece que os átomos do cloro produzidos pelo decomposição do CFCs destruiriam cataliticamente o ozônio. Alarmados com a possibilidade de que a liberação continuada de CFCs na atmosfera causaria uma depleção significativa da camada de ozônio estratosférico da terra, foram a Berkeley conferenciar com o professor Harold Johnston, que pesquisava o impacto da liberação de óxidos do nitrogênio do aviões supersônicos na camada de ozônio estratosférica, e obtiveram as informações sobre outras pesquisas que se desenvolviam paralelamente em outras universidades. Publicaram sua teoria em um paper (1974), que foi considerado como herético e, por isso, ambos partiram para uma campanha de convencimento não somente a outros cientistas como também junto à mídia, aos industriais e políticos como única maneira de alertar a sociedade para criar algumas medidas para aliviar o problema. Continuaram a refinar a teoria, publicaram diversos artigos sobre CFC-ozônio e apresentaram seus resultados em reuniões científicas. Foi nomeado (1975) membro da faculdade na universidade e ingressou em um programa independente para investigar propriedades químicas e espectroscópicas dos compostos da importância atmosférica, especialmente aqueles que mais instáveis e de difíceis trato em laboratório,como o ácido hipocloroso, o nitrito e o nitrato do cloro, o ácido peroxinítrico etc. Com o nascimento do primeiro filho, Felipe (1977), Luisa, que também ensinava e pesquisava em Irvine, passou a trabalhar apenas em meio expediente. Depois de sete anos em Irvine como professor, decidiu sair do meio acadêmico e se dedicar a propulsão do jato (1982), no setor privado. Retornou a vida acadêmica (1989), movendo-se para o Instituto de Tecnología de Massachusetts, onde continuou com suas pesquisas sobre poluentes químicos atmosféricos.

Nobel Química 1995-Paul Jozef Crutzen (1933 - )


Cientista holandês nascido em Amsterdã, pesquisador do Instituto de Química Max-Planck, Mainz, Alemanha, ganhador do Prêmio Nobel de Química (1995) por seus trabalhos em química atmosférica, particularmente relativo à formação e decomposição de ozônio, juntamente com Mário Molina e Sherwood Rowland. Filho de Anna Gurk e Jozef Crutzen. Cursou a escola elementar durante a segunda grande guerra. Após a guerra foi levado para a Suécia e entrou na Hogere Burgerschool (1946) e entrou para a universidade (1951), onde desenvolveu especial interesse por ciências naturais. Formado em Engenharia Civil (1954), trabalhou para a Secretaria de Construções de Pontes da Cidade de Amsterdã (1954-1958). Casou-se com Terttu Soininen, a estudante de história e literatura da Universidade de Helsinque (1958) e foi morar em Gävle, uma pequena cidade ao norte (200 km) de Estocolmo, trabalhando ainda na área de construções. Com Soininen tornou-se pai de duas filhas, Ilona (1958) e Sylvia (1964). Alertado por um anúncio de jornal (1958), para um concurso em programação de computadores para o Departamento de Meteorologia do Högskola, em Estocolmo, mudou-se para esta capital no ano seguinte, partindo para uma nova profissão. Escolhido entre os vários candidatos especializou-se em Fortran, linguagem onde passou a desenvolver seus programas. Tornou-se cidadão alemão (1958) e com o departamento passando para a Universidade de Estocolmo (1961), obteve o grau correspondente ao Master of Science (1963) em matemática, matemática-estatística e meteorologia. Trabalhando com estudos sobre a distribuição do oxigênio na atmosfera (1965), despertou o interesse pelo ozônio atmosférico e passou a pesquisar a química da estratosfera no Instituto de Meteorologia da Universidade de Estocolmo 1972. Trabalhou em diversos países e finalmente mudou-se para o Instituto de Química Max-Planck, Mainz, Alemanha (1977), onde continuou com as pesquisas que lhe deram o Nobel.

Desastre de Bhopal na Índia


A tragédia de Bhopal ocorreu na madrugada de 03 de dezembro de 1984, quando 40 toneladas de gases tóxicos fatais (gases como o isocianato de metila e o hidrocianeto) vazaram na fábrica de pesticidas da empresa norte-americana Union Carbide. É o pior desastre industrial ocorrido até hoje e é um exemplo de crime corporativo. Mais de 500 mil pessoas, a sua maioria trabalhadores, foram expostas aos gases e pelo menos 27 mil morreram por conta disso. A Union Carbide se negou a fornecer informações detalhadas sobre a natureza dos contaminantes, e, como conseqüência, os médicos não tiveram condições de tratar adequadamente os indivíduos expostos. Cerca de 150 mil pessoas ainda sofrem com os efeitos do acidente e aproximadamente 50 mil pessoas estão incapacitadas para o trabalho, devido a problemas de saúde. As crianças que nascem na região filhas de pessoas afetadas pelos gases também apresentam problemas de saúde. Mesmo hoje os sobreviventes do desastre e as agências de saúde da Índia ainda não conseguiram obter da Union Carbide e de seu novo dono, a Dow Química, informações sobre a composição dos gases que vazaram e seus efeitos na saúde. Apesar deste quadro absurdo, a fábrica da Union Carbide em Bhopal permanece abandonada desde a explosão tóxica enquanto que resíduos perigosos e materiais contaminados ainda estão espalhados pela área, contaminando solo e águas subterrâneas, dentro e no entorno da antiga fábrica.

Segundo José Possebon (coordenador de Higiene do trabalho da Fundacentro), a tragédia poderia ter sido evitada. Os sistemas de segurança da fábrica eram insuficientes, devido ao corte de despesas com segurança imposto pela matriz da empresa, nos EUA.

Até os dias de hoje ninguém quer assumir a culpa, e a empresa responsável pela Unicon Carbide, a Dow Chemical Company, começou por acusar um suposto movimento terrorista indiano. Mais tarde, quando a história se tornou insustentável, acusou um empregado de sabotagem. O processo arrastou-se por longos anos até que um tribunal dos EUA decretasse que a sabotagem tinha sido o fator que levou ao desastre. Estranhamente a Dow nunca aceitou que o julgamento fosse feito no local onde efetivamente deveria ter sido realizado, na Índia. O responsável pela fábrica continua fugido nos EUA e os pedidos de extradição para a Índia têm sido sistematicamente recusados.

Em 2001, a Dow Química comprou a Union Carbide. Por esta aquisição, a Dow passou a ser responsável não apenas pelos ativos da empresa, como também por seus passivos ambientais e pelos crimes cometidos em Bhopal. No entanto, a Dow continua negando sua responsabilidade pelo crime cometido.

A empresa tentou se livrar da responsabilidade pelas mortes provocadas pelo desastre, pagando ao governo da Índia uma indenização irrisória em face a gravidade da contaminação. A Union foi intimada a compensar aqueles que, com o desastre, perderam sua capacidade de trabalhar. A companhia se recusou a pagar US$ 220 milhões exigidos pelas organizações de sobreviventes. Em fevereiro de 1989, depois de cinco anos de disputa legal, o Governo Indiano e a empresa chegaram a um acordo de US$ 470 milhões. Supostamente, esta quantia deveria pôr fim a toda responsabilidade da indústria perante à sociedade. A indenização médica, de US$ 370 a US$ 533 por pessoa, era suficiente apenas para cobrir despesas médicas por cinco anos. Muitas das vítimas, incluindo-se crianças sofrerão os efeitos pelo resto da vida. A indenização acordada não cobriu despesa médicas ou prejuízos relacionados à exposião contínua à área contaminada. O maior acidente industrial custou à Union Carbide apenas US$ 0,48 por ação.

Os moradores encontram-se revoltados e indignados com a situação em que vivem. Rachna Dhingra é um morador que sente na pela a tortura causada pela toxicidade do local e, segundo ele, o governo não é nem um pouco sensível à essa situação: olha para os sobreviventes com um olhar de desgosto. As vítimas não receberam todo o dinheiro da compensação paga pela Union Carbide ao governo.

Vinte anos depois as ações tomadas foram apenas retóricas ou cosméticas. As pessoas continuam, na prática, sem qualquer tipo de compensação ou apoio que lhes permitam, por exemplo, cuidados médicos relativos com a sua situação de saúde e a Dow continua a afirmar que essas compensações nunca terão lugar.

fonte:Wikipédia

Poeira das Estrelas-Parte 12

Poeira das Estrelas-Parte 11

Poeiras das Estrelas-Parte 10

Poeira das Estrelas-Parte 9

Poeira das Estrelas-Parte 8

Poeira das Estelas-Parte 7

Poeira das Estrelas-Parte 6

Poeira das estrelas-Parte 5

Poeira das Estrelas-Parte 4

Poeira das Estrelas-Parte 3

Poeira da Estrelas-Parte 2

Poeira das Estrelas-Parte 1

Desastre de Bhopal Índia(vazamento de Isocianato de metila)-Parte 3 Final

Desastre de Bhopal na Índia(vazamento de Isocianato de metila)-Parte 2

Desastre de Bhopal na Índia(Vazamento de isocianato de metila )-Parte1

terça-feira, 14 de julho de 2009

Fernando Santiago dos Santos


Apresento-lhes este que é o melhor professor que tive.Biólogo formado pela Unicamp,
mestre em História da Ciência pela PUC-SP e Doutorando em Educação pela USP.Conheçam mais sobre ele.
Colocarei o link de sua tese de Mestrado cujo título é:

"As plantas brasileiras,
os jesuítas e os indígenas do Brasil:
história e ciência na Triaga Brasílica
(séc.XVII-XVIII)"

Link:http://www.fernandosantiago.com.br/livrotria.htm

http://www.fernandosantiago.com.br/

Aproveitem

Reagente de Tollens-Oxidação de aldeídos formando o "espelho de prata".

Precipitação de PbI2

Desidratação da sacarose por ác sulfúrico

Decomposição do (NH4)2Cr2O7-Muito Bonita

Decomposição do Hg(SCN)2(tiocianato de mercúrio II)

Oxidação do H2O2 pelo íon MnO4-

Reação explosiva entre K metálico e Br2

Oxidação de Cu em solução de AgNO3

Notícias-Nanotecnologia cria dispositivos com aplicações práticas


No Instituto de Química (IQ) da USP, o pesquisador Sérgio Hiroshi Toma construiu, átomo por átomo, aglomerados de moléculas. Esses aglomerados, que utilizam o metal rutênio, são chamados de clusters e dão origem a materiais que utilizam luz para gerar eletricidade com alta eficiência e podem mudar a cor dos vidros que envolvem.

Hiroshi Toma é pesquisador do Laboratório de Química Supramolecular do IQ. Segundo o professor Henrique Eisi, orientador da pesquisa e coordenador do laboratório, a nanotecnologia molecular constrói, átomo por átomo, materiais que tenham alguma função útil. Um nanômetro é um bilionésimo de metro.

“Para cada aplicação, construímos as moléculas ideais”, explica. “Desenvolvemos uma molécula por vez. Depois, as conectamos e construímos uma ‘máquina molecular’, que desempenha o papel desejado“.

Luz em energia
Em sua pesquisa, Hiroshi Toma desenvolveu uma célula fotoeletroquímica — dispositivo que converte luz em eletricidade — com os clusters de rutênio. O diferencial em relação às outras células é a sua eficiência de 80%: a cada 100 mil fótons (partículas de luz) que incidem sobre a placa, 80 mil elétrons são liberados.

Para construir a célula, o pesquisador forrou placas de vidro condutor de eletricidade com um filme microscópico de Dióxido de Titânio e borrifou nele as moléculas criadas no laboratório. Todas as vezes que a luz bate nas moléculas, elas liberam elétrons. A corrente elétrica formada serve para manter funcionando pequenos aparelhos eletrônicos domésticos.

“Essa tecnologia é cara, mas não precisa de muita luz para gerar eletricidade”, explica o professor. “Por isso acredito que fará sucesso para mover pequenos aparelhos, como calculadoras, dispensando as pilhas”.

Insulfilme colorido
O pesquisador também desenvolveu na sua tese de doutorado um filme para envolver vidros que pode mudar de cor reversivelmente quando ligado na tomada. Para que o vidro mude de cor, basta submetê-lo a diferentes voltagens. A estrutura projetada no laboratório do IQ mistura cristais de Dióxido de Titânio com moléculas de Rutênio.

Uma das possíveis aplicações dos filmes, chamado eletrocrômicos, é impedir o calor de escapar dos ambientes por irradiação, funcionando como a parede espelhada de uma garrafa térmica. Outras aplicações são em outdoors e painéis de decoração. Os pesquisadores desenvolveram uma “biblioteca de moléculas”, que permite criar vidros que abrangem diversos intervalos de cores.

“Os melhores dispositivos já desenvolvidos são baseados em moléculas orgânicas, que desgastam rápido”, destaca Eisi. “Eles são caros. Assim, há grande interesse comercial na tecnologia que desenvolvemos. Melhorando o sistema será possível fazer uma tela, como as de LCD”. A invenção não foi patenteada pelo grupo de pesquisadores a tempo e é de domínio público.

As invenções do pesquisador renderam-lhe em 2008 o prêmio de melhor tese na área de química, concedido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A CAPES é um órgão do Ministério da Educação que avalia e incentiva mestrados e doutorados.

Nilbberth Silva / Agência USP

Mais informações: (11) 3091-3819, email sergioht@iq.usp.br Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. site http://www.iq.usp.br/wwwdocentes/koiaraki/

fonte-www.usp.br Ciências - 14.07.09

domingo, 12 de julho de 2009

Nobel Química 1994-George Andrew Olah (1927 - )


Cientista húngaro nascido em Budapeste, professor da University of Southern California, Los Angeles, CA, USA, e Prêmio Nobel de Química (1994) por sua contribuição para química orgânica. Filho de um advogado Julius Olah e Magda Krasznai, estudou nas melhores escolas de Budapeste, aprendeu latim, alemão e francês e adquiriu especial interesse por química, entrando para a University Técnica de Budapeste com esse interesse. Casou com Judith Lengyel (1949), secretária da universidade, e tornou-se pesquisador assistente em química orgânica do professor Geza Zemplen e estagiou com Emil Fischer em Berlim. Entrou para o Instituto Central de Pesquisas Químicas da Academia de Ciências da Hungria (1954), onde passou a pesquisar química orgânica, ano em que nasceu o primeiro filho do casal, George John. Mudou-se para Londres (1956) e no ano seguinte para o Canadá, estabelecendo-se em Sarnia, Ontario (1957), trabalhando em um laboratório subsidiário da Dow Chemical. Ali nasceu seu segundo filho, Ronald Peter (1959). Transferido para o Dow's Eastern Research Laboratories, em Framingham, Massachusetts (1964), no ano seguinte (1965) foi convidado pela Western Reserve University, em Cleveland, Ohio, e, assim, voltou a vida acadêmica como professor e chefe do departamento de química. Após doze anos em Cleveland mudou-se para a University of Southern California, em Los Angeles (1977), em virtude dessa universidade apresentar melhores condições para continuidade de suas pesquisas.

Nobel Química 1993-Michael Smith (1932 - 2000)


Bioquímico anglo-canadense nascido na 65 St. Heliers Road, South Shore, em Blackpool, United Kingdom, que trabalhando na University of British Columbia, Vancouver, Canada, foi um dos ganhadores do prêmio Nobel de Química (1993), por suas contribuições fundamentais ao desenvolvimento do estudo das proteínas e da química do DNA. Filho de Mary Agnes Smith e Rowland Smith, ambos empregados em Blackpool, onde ele terminou a educação primária (1943), e a secundária aos 15. Ganhou uma bolsa para a Arnold School e lá estudou ciências com um professor Sidney Law, que o estimulou seu interesse em química. Também neste período (1943-1950) foi escoteiro, sofreu as agruras dos bombardeios e aprendeu a valorizar a natureza. Não passou na proficiência em Latim para entrar em Oxford e Cambridge, porém foi aprovado para o programa de química da University of Manchester (1950), onde se graduou em primeiro lugar (1953) estudando como os professores E. R. H. Jones e M. G. Evans, financiado pelo Blackpool Education Committee Scholarship. Assim obteve uma bolsa do State Scholarship que lhe possibilitou obter o Ph.D (1956) orientado por H.B. Henbest. Neste mesmo ano viajou para Vancouver onde passou a pesquisar sínteses químicas de certos trifosfatos baseados na síntese do ATP obtida (1954) anteriormente pelo grupo Khorana. Nesta equipe casou (1960) com outra integrante do grupo, Helen, com teve três crianças, Tom, Ian e Wendy, e de quem se divorciou (1983). Com Helen foi contratado (1961) pelo Fisheries Research Board of Canada Laboratory, em Vancouver, onde continuou suas pesquisas em biologia marinha e em ácido nucleico. Convidado pelo Dr. Marvin Darrach, então Head of the Department of Biochemistry, assumiu uma posição de Medical Research Associate no Medical Research Council of Canada (1966). Professor emérito da British Columbia (1968), o conselho possibilitou-lhe a estabilidade de sua carreira acadêmica: um salário satisfatório, o apoio a pesquisa e a posição de membro do departamento, além da realização de licenças sabáticas na Rockefeller University, no Laboratório de Biologia Molecular do Conselho de Pesquisa Médica em Cambridge e na Universidade de Yale. Com Ben Hall e Conde Davie, da Universidade de Washington, foi co-fundador científico (1981) de uma companhia de biotecnologia nova, a Zymos, fundada pela Cable and Howse, grupo de capital de risco de Seattle, cujo primeiro contrato de vulto foi para o desenvolvimento de um processo de produção de insulina humana para a Novo, companhia farmacêutica da Dinamarca. Investigadores de Novo que um processo próspero foi desenvolvido. A companhia dinamarquesa, agora Novo-Nordisk, comprou a próspera empresa de biotecnologia (1988), renomeando-a ZymoGenetics. Convidado (1986) pelo decano de ciências da University of British Columbia, Dr. R. C. Miller Jr., estabeleceu um novo instituto interdisciplinário, o Biotechnology Laboratory. Também foi Scientific Leader do National Network of Centres of Excellence in Protein Engineering desde sua fundação (1990). Foi para a British Columbia Cancer Agency (1998), a BCCA, 601 West 10th Avenue, Vancouver, e ajudou a criar o Genome Sequence Centre, o GSC. Diretor do GSC da BCCA, morreu em Vancouver, após dois anos de luta contra a leucemia. A outra metade do Prêmio Nobel (1993) foi dada ao professor em La Jolla, University of California, USA, Kary Banks Mullis.

Nobel Química 1993-Kary Banks Mullis (1944 - )


Bioquímico americano nascido em Lenoir, NC, inventor da PCR, a polymerase chain reaction. Depois de receber seu doutorado em bioquímica da University of California, em Berkeley (1972), trabalhou em pesquisas em várias universidades por todo os EEUU (1977-1978). Integrou (1979-1986) um grupo de bioquímica no Cetus Corporation in Emeryville, California, e tornou-se diretor de biologia molecular (1986) em Xytronyx, Inc, em San Diego, Calif. Então se tornou consultor autônomo estabelecido em La Jolla, Calif. Foi um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Química (1993), por inventar a PCR (polymerase chain reaction, 1985), uma técnica que permite cientistas a reproduzir uma infinidade de cópias a partir de um único fragmento de material genético para propósitos experimentais, ou seja, uma técnica que permite reconstruir um gene completo a partir de um pedaço reproduzido de DNA, o que facilitou e simplificou o desenvolvimento de novas aplicações em biotecnologia e medicina. Dividiu o prêmio com Michael Smith, da University of British Columbia, Vancouver, Canadá.

Nobel Química 1992-Rudolph Arthur Marcus (1923 - )


Cientista canadense nascido em Montreal, pesquisador do California Institute of Technology, Pasadena, CA, USA, e ganhador do Prêmio Nobel de Química (1992) por suas contribuições para a teoria de reações de transferência de elétrons em sistemas químicos. Filho único e de uma família de imigrantes suecos, desde cedo demonstrou interesse por ciências e matemática. Entrou para a Baron Byng High School, onde se inclinou pelo estudo das reações químicas, graduou-se na McGill University e recebeu seu Ph.D.(1946). Entrou (1947) para o programa do pós-doutorado da National Research Council of Canada, em Ottawa, integrando o grupo de pesquisas em fotoquímica de E.W.R. Steacie. Mudou-se para a University of North Carolina, em Chapel Hill (1949), onde publicou seu primeiro paper de renome (1951) sobre a teria do RRK (Rice-Ramsperger-Kassel). Em Chapel Hill conheceu Laura Hearne, uma estudante de sociologia, com quem se casou (1952) e teve três filhos, Alan, Kenneth e Raymond. Publicou dois importantes papers sobre eletrostática (1954-1955), voltando-se integralmente para o problema da transferência de elétrons. Trabalhou no Courant Mathematical Institute, em New York University (1960-1961) e, também, esteve na University of Illinois, em Urbana-Champaign (1964) e na Europa (1975-1976), inicialmente como professor visitante na University of Oxford e depois como Humboldt Awardee na Universidade Técnica de Munique, onde expôs sua teoria sobre a transferência de elétrons na fotossíntese. Na volta aos EEUU, aceitou o convite do California Institute of Technology (1978), onde continuou suas pesquisas. Homenageado com uma edição comemorativa do Journal of Physical Chemistry (1986), também já foi honrado com o Irving Langmair (1978) e o Peter Debye Awards da American Chemical Society (1978, 1988), as medalhas Willard Gibbs (1988), Theodore William Richards (1990) e Pauling (1991) e o Remsen e Edgar Fahs Smith Awards (1991), o Robinson (1991) e a Centenary Medals da Faraday Division da Royal Society of Chemistry (1982, 1988), a Columbia University's Chandler Medal (1983) e o Ohio State's William Lloyd Evans Award (1990). O Wolf Prize in Chemistry (1985), a National Medal of Science (1989) e o Hirschfelder Prize in Chemistry (1993). Foi eleito para a National Academy of Sciences (1970), a American Academy of Arts and Sciences (1973) e a American Philosophical Society (1990). Indicado membro honorário da Royal Society of Chemistry (1991) e eleito membro estrangeiro da Royal Society de Londres (1987) e da Royal Society of Canada (1993). Diplomado honorário pelas Universidades de Chicago (1983), Goteborg (1986), Polytechnic (1987), McGill (1988), Queen's (1993) e New Brunswick (1993)

Nobel Química 1991-Richard Robert Ernst (1933 - )


Cientista suíço nascido em Winterthur, pesquisador do Eidgenössiche Technische Hochschule (Instituto Federal de Tecnologia), em Zurique, Suíça, e Prêmio Nobel de Química (1991), por suas contribuições para o desenvolvimento na espectroscopia, especialmente da metodologia de resolução alta ressonância magnética nuclear, a NMR. Filho de um professor de arquitetura, Robert Ernst, e desde criança demonstrou interesse por química. Entrou para o Instituto Federal de Tecnologia, em Zurique, o ETH-Z, onde diplomou-se como engenheiro químico. Imediatamente iniciou sua tese de PhD como o professor Hans H.Günthard e passou a estudar ressonância magnética nuclear de alta resolução, a NMR, com outro jovem e brilhante cientista Hans Primas. Resolveu deixar a universidade por um trabalho na indústria americana e trabalhou para a Varian Associates, em Palo Alto (1966-1968) com cientistas do porte de Weston A. Anderson, Ray Freeman, Jim Hyde, Martin Packard e Harry Weaver, onde desenvolveu numerosas aplicações para computadores no campo da espectroscopia. De volta a Suíça, retornou para a equipe de pesquisa do Laboratorium für Physikalische Chemie do ETH-Z, especialmente no programa de NMR do estado sólido, com o emprego de técnicas de espectroscopia.

Nobel Química 1990-Elias James Corey (1928 - )


Químico molecular estadunidense nascido em Methuen, Massachussetts, pesquisador da Harvard University, Cambridge, Massachussetts, ganhador do Prêmio Nobel de Química (1990) por desenvolver teorias e metodologias de sínteses orgânicas. Descendente de imigrantes libaneses, era filho de Elias Corey, um bem sucedido comerciante da região de Boston, mas de quem ficou órfão de pai aos dezoito meses de idade, e de Fatina Hasham, que ficou com a dura missão de criar os dois casais de filhos durante a Depressão e a II Grande Guerra. A sua mãe contou com o apoio de sua irmã Naciby e o marido desta, John Saba, no apoio ao desenvolvimento das crianças. Foi educado na Saint Laurence O'Toole, em Lawrence, uma cidade próxima de Methuen, e pelas irmãs da ordem católica de Notre Dame de Namour. Estudou especialmente matemática, graduou-se na Lawrence Public High School (1944) e entrou para o Massachusetts Institute of Technology (1945. No M.I.T. estudou matemática, física e química e obteve o B.S. (1948) em química orgânica. Continuou no M.I.T., onde por orientação do Professor John C. Sheehan, trabalhou em um programa pioneiro de produção de penicilina sintética e obteve seu Ph.D. (1951). Foi para a University of Illinois, em Urbana-Champaign, como um Instructor em química sob a direção dos conceituados químicos Roger Adams e Carl S. Marvel. Ficou em Urbana (1951-1959) até seguir para a Harvard (1959) como Professorship do Chemistry Department, onde em meio a gigantes da química como Paul Bartlett, Konrad Bloch, Louis F. Fieser, George Kistiakowski, Eugene Rochow, Frank Westheimer, Edgar Bright Wilson e Robert Burns Woodward, notabilizou-se por seus trabalhos em análises retrossintéticas. Casou-se (1961) com Claire Higham, graduada na University of Illinois e com quem teve três filhos: David Reid, A.B. na Harvard (1985), Ph.D. na University of California, Berkeley (1990) e Postdoctoral Fellow em Chemistry/Molecular Biology, na University of California Medical School, em San Francisco; John, A.B. na Harvard (1987) e músico clássico e compositor no Paris Conservatory of Music (1990- ); Susan, A.B. em antropologia em Harvard (1990) e seguindo a carreira de educadora.

Nobel Química 1989-Thomas Robert Cech (1947 - )


Químico norte-americano nascido em Chicago, pesquisador da da University of Colorado, Boulder; CO, USA, que juntamente com Sidney Altman, pesquisador da Yale University, New Haven, CT, USA, embora com trabalhos independentes, dividiram o Prêmio Nobel de Química (1989) pela descoberta (1983) das ribozimas, enzimas compostas de ARN, abrindo as perspectivas da Bioquímica e tirando das proteínas o título de as únicas a serem consideradas enzimas. Filho de um médico e de uma dona de casa e foi educado nas escolas de Iowa City. Influenciado pelo pai, desde cedo demonstrou uma aproximação científica, colecionando pedras e minerais e procurando descobrir como eles foram formados. Entrou para o Grinnell College, Grinnell, Iowa (1966) onde estudou História e Química, obtendo seu B.A. (1970) em química. No laboratório de química orgânica conheceu sua futura esposa Carol. Atraído pela química biológica, juntamente com Carol, foi para Berkeley (1970), University of California, especialmente atraídos pela excelência de seu Departamento de Química e, orientados pelo professor John Hearst, obtiveram o Ph.D. (1975) em trabalhos sobre a estrutura química dos cromossomos. Deslocando para o postdoctoral em Cambridge, Massachusetts, Carol foi para a Harvard e ele para o M.I.T. para ampliar seus conhecimentos de biologia no Mary Lou Pardue's laboratory e tornou-se membro do National Cancer Institute, fellow (1975-1977) e pesquisador (1978- ). Ambos foram contratados pela University of Colorado, Boulder (1978), onde tornou-se professor (1983). Pai de duas filhas, Allison (1982) e Jennifer (1986), por causa das descobertas do seu grupo de pesquisa, mais que uma dúzia de prêmios nacionais e internacionais precederam o Nobel (1989), entre eles o Pfizer Award da American Chemical Society, o Award in Molecular Biology da U. S. National Academy of Sciences, o Prêmio Heineken da Academia Real de Artes e Ciências da Holanda, e o Lasker Award. Recebeu o honorary D. Sc. degree do Grinnell College (1987) e o da University of Chicago (1991). Foi eleito para a U. S. National Academy of Sciences (1987) e para a American Academy of Arts and Sciences (1988). Tornou-se Professorship da American Cancer Society (1987)e Investigator do Howard Hughes Medical Institute (1988).

Nobel Química 1989-Sidney Altman (1939 - )


Químico canadense nascido em Montreal, pesquisador da Yale University, New Haven, CT, USA, que juntamente com Thomas Robert Cech, da University of Colorado, Boulder, USA, embora com trabalhos independentes, dividiram o Prêmio Nobel de Química (1989) pela descoberta (1963) das ribozimas, enzimas compostas de ARN, abrindo as perspectivas da Bioquímica e tirando das proteínas o título de as únicas a serem consideradas enzimas (efetivamente ambos descobriram que o RNA poderia funcionar como enzima). Segundo filho de imigrantes pobres que se tornaram comerciantes, desde cedo passou a admirar Einstein, e uma série inesperada de eventos levou-o estudar física no Massachusetts Institute of Technology, onde sob orientação de Lee Grodzins, defendeu uma tese sênior em física nuclear, B.S. (1960). No último semestre no MIT, fez um curso introdutório em biologia molecular com Cyrus Levinthal, onde se familiarizou com ácidos de nucleicos e genética molecular. Passou dezoito meses como um estudante diplomado em física na Universidade de Columbia, onde não conseguiu vaga para trabalhar em um laboratório.. Oito meses depois de ter deixado Columbia, foi trabalhar no Colorado como um estudante diplomado em biofísica com o professor Leonard Lerman, enquanto desenvolvia pesquisas com DNA no Medical Center da University of Colorado. A partir de então a biologia molecular entrou em sua vida de uma maneira produtiva e obteve seu Ph.D. (1967). Depois juntou-se a equipe do laboratório de Mathew Meselson da Universidade de Harvard como Postdoctoral Fellow, (1967-1969) e, imediatamente depois, tornou-se membro do grupo conduzido por Sydney Brenner e Francis Crick no Medical Research Council Laboratory of Molecular Biology, em Cambridge, Inglaterra, como Visiting Research Fellow (1969-1971). No laboratório de MRC iniciou o trabalho que o conduziu à descoberta de RNase P e as propriedades enzimáticas da subunidade de RNA daquela enzima. Essa descoberta lhe permitiu entrar como professor assistente na Universidade de Yale (1971) e, seguindo uma carreira acadêmica padrão, tornou-se Professor (1980). Casou-se (1972) com Ann Korner com quem teve duas crianças, Daniel (1974) e Leah (1977). Foi Presidente do departamento (1983-1985) e Decano de Faculdade de Yale (1985-1989). No dia 1 de julho (1989) voltou ao posto de Professor fulltime. Membro da American Academy of Arts and Sciences e da National Academy of Sciences (1990), Honorary Degrees da Université de Montréal (1990), York University de Toronto (1990), Connecticut College (1990), McGill University (1991), University of Colorado (1991), University of British Columbia (1991) e do Dartmouth College (1996).

Nobel Química 1988-Hartmut Michel (1948 - )


Bioquímico alemão nascido em Ludwigsburg, Württemberg, Alemanha Ocidental, hoje República Federal da Alemanha, destaque como pesquisador em fotossíntese e agraciado com o Prêmio Nobel de Química (1988), juntamente com os alemãs Johann Deisenhofer, do Howard Hughes Medical Institute and Department of Biochemistry, University of Texas Southwestern Medical Center at Dallas, TX, e Robert Huber, do Max-Planck-Institut für Biophysik, Martinsried, por determinar a estrutura de proteínas complexas que são essenciais para a fotossíntese (1984). Filho mais velho do joiner Karl e da costureira Frieda Michel, descendentes de fazendeiros, foi um garoto travesso, mas sempre manteve bom desempenho na escola básica. Por influência da mãe foi-lhe permitido freqüentar a escola secundária, tempo em que fez freqüentes leituras sobre arqueologia e etnologia e geografia e zoologia, e que aprendeu a gostar de história, biologia, química e física. Depois do serviço militar obrigatório (1969) resolveu estudar bioquímica na Universidade de Tübingen, único lugar na Alemanha com tal ensino. Depois de um ano trabalhando nos labs de bioquímica da Universidade de Munique e do Max-Planck-Institut für Biochemie (1972-1973), estava convencido que seria um pesquisador acadêmico. Desenvolveu o doutorado em Química na Universidade de Wurzburg (1975-1977), orientado pelo professor Dieter Oesterhelt, defendendo uma tese em que correlacionou os níveis intracelulares da di-adenosina e o trifosfato com o gradiente eletroquímico do próton através da membrana celular halobacteriana. Trabalhou no Max Planck Institute for Biochemistry e foi chefe do Instituto de Divisão de Biofísica (1979-1987), em Frankfurt. Produziu maneiras de isolar e cristalizar proteínas complexas (1978-1982). Interessado em cristal de membrana tridimensional e microscopia do elétron, viajou ao MRC, em Cambridge, Inglaterra, onde desenvolveu durante quatro meses, estudos junto com Richard Henderson (1979). Na volta a Alemanha casou com Ilona Leger, com quem teve a filha Andréa (1981) e o filho Robert Joachim (1984). Com Dieter Oesterhelt foram para o Max-Planck-Institut für Biochemie, em Martinsried perto de Munique onde seu mestre se tornou chefe de departamento e ambos continuaram trabalhando em cristalografia, juntamente com outros pesquisadores como Deisenhofer e Huber. Trabalhando no campo de pesquisa da determinação da estrutura de proteínas de membrana com uso de técnicas de cristalização e utilização de Raios-X, tornou esta linha de estudos numa das mais promissoras áreas científicas do século XXI. Pesquisador consagrado após suas conclusões sobre fotossíntese, tornou-se chefe do departamento e diretor do Max-Planck-Institut für Biophysik em Frankfurt/Main, Alemanha Ocidental (1987). Pelo sucesso com a cristalização da proteína da membrana e a elucidação da estrutura tridimensional da reação fotosintética principal da bactéria púrpura Rhodopseudomonas viridis, recebeu vários prêmios e condecorações. Entre estes o Biophysics Prize of the American Physical Society, juntamente com Johann Deisenhofer, o Chemiedozentenstipendium do Fonds der Chemischen Industrie, o Otto Klung-Preis de Química, o Leibniz-Preis da Deutsche Forschungsgemeinschaft, o Otto-Bayer-Preis, também com Johann Deisenhofer e o Nobel Prize com Deisenhofer e R. Huber. Lembrar que proteínas são os compostos básicos das reações bioquímicas dos seres vivos e peças chaves na manutenção de seu metabolismo. Elas se formam no interior das células a partir de diferentes combinações de um total de 20 aminoácidos, sempre os mesmos em qualquer organismo, seja uma planta ou um mamífero.

Nobel Química 1988-Robert Huber (1937 - )


Químico alemão nascido em München, cientista do Max-Planck-Institut für Biochemie, Martinsried, agraciado com o Prêmio Nobel de Química (1988), juntamente com outros alemãs, Johann Deisenhofer, do Howard Hughes Medical Institute and Department of Biochemistry, University of Texas Southwestern Medical Center at Dallas, TX, e Hartmut Michel, do Max-Planck-Institut für Biophysik, Frankfurt/Main, por determinar a estrutura de complexas proteínas que são essenciais para a fotossíntese. Primogênito do caixa de um banco, Sebastian, e da dona de casa Helene Huber, teve vida difícil durante a guerra, entrou para o Humanistische Karls-Gymnasium, em München (1947) onde inicialmente estudou latim e grego, ciências naturais e química. Deixou o Ginásio e passou no Abitur (1956), o vestibular alemão, e continuou o estudo de química no Technische Hochschule, depois Technische Universität, em München, onde se diplomou em química (1960). Ganhou um Stipendium, espécie de bolsa de estudos, do Bayerisches Ministerium für Erziehung und Kultur e depois do Studienstiftung des Deutschen Volkes o ajudou aliviar problemas financeiros da família e lhe permitiu continuara com os estudos. Casou com Christa Essig (1960) e o casal teve quatro crianças (1961/1963/1966/1976). Parte de seus estudos foi desenvolvido no laboratório de Karlson, no Physiologisch-Chemisches Institut der Universität München, especialmente em cristalografia, assunto em que fez sua primeira descoberta (1963) com o colega de laboratório Hoppe. Aceitou o convite (1971) da Universidade de Basel para assumir a cadeira de biologia estrutural no Biozentrum e no Max-Planck-Gesellschaft e uma direção no Max-Planck-Institut für Biochemie. Permaneceu associado no Technische Universität München desenvolvendo pesquisas sobre a estrutura de proteínas, enzimas, anticorpos e complexos inibidores e, especialmente, de imunoglobulinas e seus fragmentos, e lá se tornou Professor (1976). A maioria dos seus estudos estruturais foram em colaboração com empreendimentos de outros laboratórios, muitos deles de países estrangeiros. Na década seguinte aprofundou-se mais no desenvolvimento de métodos de cristalografia de proteína, criando métodos e programas que estão em uso em muitos laboratórios no mundo hoje.