domingo, 12 de julho de 2009

Nobel Química 1988-Hartmut Michel (1948 - )


Bioquímico alemão nascido em Ludwigsburg, Württemberg, Alemanha Ocidental, hoje República Federal da Alemanha, destaque como pesquisador em fotossíntese e agraciado com o Prêmio Nobel de Química (1988), juntamente com os alemãs Johann Deisenhofer, do Howard Hughes Medical Institute and Department of Biochemistry, University of Texas Southwestern Medical Center at Dallas, TX, e Robert Huber, do Max-Planck-Institut für Biophysik, Martinsried, por determinar a estrutura de proteínas complexas que são essenciais para a fotossíntese (1984). Filho mais velho do joiner Karl e da costureira Frieda Michel, descendentes de fazendeiros, foi um garoto travesso, mas sempre manteve bom desempenho na escola básica. Por influência da mãe foi-lhe permitido freqüentar a escola secundária, tempo em que fez freqüentes leituras sobre arqueologia e etnologia e geografia e zoologia, e que aprendeu a gostar de história, biologia, química e física. Depois do serviço militar obrigatório (1969) resolveu estudar bioquímica na Universidade de Tübingen, único lugar na Alemanha com tal ensino. Depois de um ano trabalhando nos labs de bioquímica da Universidade de Munique e do Max-Planck-Institut für Biochemie (1972-1973), estava convencido que seria um pesquisador acadêmico. Desenvolveu o doutorado em Química na Universidade de Wurzburg (1975-1977), orientado pelo professor Dieter Oesterhelt, defendendo uma tese em que correlacionou os níveis intracelulares da di-adenosina e o trifosfato com o gradiente eletroquímico do próton através da membrana celular halobacteriana. Trabalhou no Max Planck Institute for Biochemistry e foi chefe do Instituto de Divisão de Biofísica (1979-1987), em Frankfurt. Produziu maneiras de isolar e cristalizar proteínas complexas (1978-1982). Interessado em cristal de membrana tridimensional e microscopia do elétron, viajou ao MRC, em Cambridge, Inglaterra, onde desenvolveu durante quatro meses, estudos junto com Richard Henderson (1979). Na volta a Alemanha casou com Ilona Leger, com quem teve a filha Andréa (1981) e o filho Robert Joachim (1984). Com Dieter Oesterhelt foram para o Max-Planck-Institut für Biochemie, em Martinsried perto de Munique onde seu mestre se tornou chefe de departamento e ambos continuaram trabalhando em cristalografia, juntamente com outros pesquisadores como Deisenhofer e Huber. Trabalhando no campo de pesquisa da determinação da estrutura de proteínas de membrana com uso de técnicas de cristalização e utilização de Raios-X, tornou esta linha de estudos numa das mais promissoras áreas científicas do século XXI. Pesquisador consagrado após suas conclusões sobre fotossíntese, tornou-se chefe do departamento e diretor do Max-Planck-Institut für Biophysik em Frankfurt/Main, Alemanha Ocidental (1987). Pelo sucesso com a cristalização da proteína da membrana e a elucidação da estrutura tridimensional da reação fotosintética principal da bactéria púrpura Rhodopseudomonas viridis, recebeu vários prêmios e condecorações. Entre estes o Biophysics Prize of the American Physical Society, juntamente com Johann Deisenhofer, o Chemiedozentenstipendium do Fonds der Chemischen Industrie, o Otto Klung-Preis de Química, o Leibniz-Preis da Deutsche Forschungsgemeinschaft, o Otto-Bayer-Preis, também com Johann Deisenhofer e o Nobel Prize com Deisenhofer e R. Huber. Lembrar que proteínas são os compostos básicos das reações bioquímicas dos seres vivos e peças chaves na manutenção de seu metabolismo. Elas se formam no interior das células a partir de diferentes combinações de um total de 20 aminoácidos, sempre os mesmos em qualquer organismo, seja uma planta ou um mamífero.

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